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TEXTOS VENCEDORES V CONCURSO EROTISMO COM ARTE
TEXTOS VENCEDORES V CONCURSO EROTISMO COM ARTE

NA CATEGORIA "POESIA"

 

 

* MEDALHA DE OURO

 

 

Hino dos Nove Meses

 

(Luiz Antonio Costa Tarcitano - Rio de Janeiro / RJ)

 

 

vi?

ih!

 

saí...

pipi...

siriri..

psciri...

siriri...

psciri...

mimi...

guri?

 

Aqui?

xi!

 

 

 

*************************************************************

 

 

 

Eros (Helenice)

 

O indizível do prazer

transmuta no oposto dele

nas carícias deslizantes que tatuam a pele

quando não queremos ser tocados

O único toque inalienável

descansa ao sul do corpo

zona de mistério e perda

onde o corpo nos joga nas zonas abissais de eros

O indizível de eros

está em um não querer pendular

que balança entre uma querência secreta

explodindo em mil sensações

que se encontram no nada

ausência de pensamentos

explicações

Nenhum entendimento

 

 

 

*****************************************************************

 

 

* MEDALHA DE PRATA

 

 

                                         ESSE TEU OLHAR

 

(Angélica Maria Villela Rebello Santos - Taubaté / SP)

 

 

 

                       Esse teu olhar tão lindo me encanta

                       e logo faz sonhar, me pondo em trilha

                       onde celeste coro sempre canta

                       do mundo do Senhor a maravilha.

 

                       Esse teu olhar que a vida abrilhanta

                       e que da grande dor se desvencilha,

                       traz sempre a luz que o negro véu suplanta

                       nas noites sem alento e sem partilha.

 

                       Esse teu olhar bem que poderia

                       vir juntar-se ao meu beijo de paixão,

                       livrando-me de toda a nostalgia.

 

                       E envolvidos nós dois no verbo amar,

                       iríamos sentir no coração

                       todo o bem que fez esse teu olhar.

                    

                       

 

************************************************************

 

 

 

Linguisticamente falando

 

(Susana Roque Bravo - Amadora / Portugal)

 

 

Falo na minha língua onde

tenho um falo que saboreio

das quatro partes da saliva:

doce, amargo, azedo e salgado

sinto o falo, na minha língua

nessa língua que se propõe se

abre, e se põe na língua comedida

sempre falo de algo mais: pois não

é triste a vida sem pedir a sua fala

de um falo tão quente e apertado a

língua se move rarefeita e sem foice

ama-o com jeito, falando muitas vezes

o falo de hoje é o amanhã às mil tentativas

do outro falo que já não faço porque já

disse a minha língua rarefeita na poesia. 

 

 

 

***********************************************************

 

 

* MEDALHA DE BRONZE

 

 

 

TEMPOS, TEMPOS

 

(Paulo Garbus - Curitiba / PR)

 

 

 

Não há mais tempos românticos

Nem olhares, nem galanteios,

Nem mais namoros platônicos.

Primeiro olhamos os seios.

 

Aferimos se performáticos,

De bailarina os joelhos.

Lábios cinematográficos

E certo ausentes, os pentelhos.

 

Apreciação de poeta se faz

Imaginando um violão

Prá concluir olhando atrás:

 

Baixinha combustão.

E sob o abajur lilás

Terminará a ilusão.

 

 

***********************************************************

 

 

NA CATEGORIA "PROSA"

 

 

O COLAR

 

(Henrique Moura Costa - Rio de Janeiro / RJ)

 

 

 

Gabriela e Felício eram casados há alguns anos. Ele, gerente de uma sucursal de um banco, era meio quadrado, mas gentil e amoroso e adorava a esposa. Ela dedicava seu tempo como professora de um jardim de infância local.

Quando ficaram noivos, Felício lhe deu um esplêndido colar de pérolas, relíquia de família que Gabriela passou a guardar com extremo carinho.

Embora o casamento parecesse feliz, a diferença de idade dos dois começou a pesar. Gabriela, dez anos mais moça que o marido, era bonita e interessante e inevitavelmente suscitava no marido certa inquietude. Esta inquietude aumentou quando Gabriela decidiu-se a aprender violão, duas vezes por semana, na casa do professor. Felício não gostava, mas nada dizia. Mas ficou furioso quando Gabriela disse que seu professor era “uma gracinha”.

 

Animada pelo ciúme do marido, Gabriela passou maliciosamente a provocá-lo, insistindo na gracinha do mestre. O ambiente doméstico começou a ser pesado até que em uma noite explodiu. A “gracinha” havia dito a Gabriela que havia preparado um CD com suas composições que achava que iria bombar, mas infelizmente não tinha recursos para editá-lo. A moça, romântica e impulsiva, resolveu “emprestar-lhe” o colar, para que ele o empenhasse na Caixa Econômica, financiasse o CD e depois fosse resgatá-lo com os proventos auferidos. Ninguém precisava saber e todos ficariam felizes.

Mas não foi bem assim. Envolvida nas conversas com o mestre, Gabriela perdeu a hora e quando chegou em casa eram quase dez horas encontrando Felício puto da vida.

_Não aguento mais. Você está dormindo com ele e ainda chega a esta hora!

Não ficou esclarecido se a indignação do marido referia-se à infidelidade da esposa ou á sua impontualidade.

 

 

Gabriela ficou zangada. Muito zangada mesmo.

Não tinha dormido com ninguém além do marido, embora não lhe faltassem oportunidades. E pisou na bola:

_Não estou dormindo com ele não, seu idiota machista, mas vou dormir.

Foi o que bastou para que Felício, sem uma palavra, arrumasse suas coisas e saísse, porta afora com sua mala, para casa de sua mamãe.

Durante os primeiros dias, Gabriela sentiu-se aliviada. Afinal era tranquilo estar em casa sem a pressão do marido, que ultimamente estava quase insuportável.

Mas pouco a pouco ficou triste e arrependida. Gostava de Felício, sabia que ele gostava dela e haviam sido felizes todo aquele tempo. Havia ainda a questão do colar, pois era fundamental reavê-lo sem o que seria muito difícil o reatamento com o marido. Foi à Caixa Econômica mas em vão; o colar havia sido realmente empenhado mas depois resgatado por pessoa desconhecida.

 

 

 

Em uma tarde, deprimida e cansada da algazarra dos alunos Gabriela voltou para casa almejando um banho quente e, quem sabe, um uisquezinho para relaxar,

Ao abrir a porta, sentiu alguma coisa errada. Estava tudo aparentemente nos lugares, mas foi o cheiro que ela notou. Havia muito que ela não sentia mais o cigarro do marido e foi com surpresa que ela o viu, sentado na sala e fumando.

_Você aqui !!!

Felício não se levantou, mas sorrindo encabulado estendeu a mão exibindo o colar.

_Seu amiguinho me levou hoje, lá no banco.

_Felício, ele não é meu amiguinho. É sim um idiota de quem fiquei com pena e estupidamente emprestei-lhe o colar para ele colocar no prego e depois eu ir resgatá-lo. Além disto, eu jamais dormi com ele, embora tenha dito que iria, só para te chatear.

_Eu sei.

_Nunca te enganei, Felício.

_Eu também sei.

 

 

E, com uma vozinha doce, Gabriela perguntou:

_E você Felício, já me enganou? Pode dizer, eu compreenderei.

_Uma vez. Uma vezinha só.

_Com QUEM, posso saber?

A vozinha já não era mais doce.

_Ninguém em particular.

E, desolado, Felício apontou para o colar.

_ É falso. Não foi da família coisa nenhuma. Comprei-o de um camelô por quinze mil Réis quando ficamos noivos

Olharam-se por algum tempo.

Após ensurdecedor silêncio, Gabriela foi ao aparador e preparou dois uísques.

Depois, decidida, tomou Felício pela mão, o levou para o quarto e viveram novamente.

Porque, afinal, sexo é vida...

 

 

 

***************************************************************

 

 

 

* MEDALHA DE PRATA

 

 

ZEQUINHA

 

(SÃO PAULO - SP)

 

NA CATEGORIA "POESIA"

 

 

* MEDALHA DE OURO

 

 

Hino dos Nove Meses

 

(Luiz Antonio Costa Tarcitano - Rio de Janeiro / RJ)

 

 

vi?

ih!

 

saí...

pipi...

siriri..

psciri...

siriri...

psciri...

mimi...

guri?

 

Aqui?

xi!

 

 

 

*************************************************************

 

 

 

Eros (Helenice)

 

O indizível do prazer

transmuta no oposto dele

nas carícias deslizantes que tatuam a pele

quando não queremos ser tocados

O único toque inalienável

descansa ao sul do corpo

zona de mistério e perda

onde o corpo nos joga nas zonas abissais de eros

O indizível de eros

está em um não querer pendular

que balança entre uma querência secreta

explodindo em mil sensações

que se encontram no nada

ausência de pensamentos

explicações

Nenhum entendimento

 

 

 

*****************************************************************

 

 

* MEDALHA DE PRATA

 

 

                                         ESSE TEU OLHAR

 

(Angélica Maria Villela Rebello Santos - Taubaté / SP)

 

 

 

                       Esse teu olhar tão lindo me encanta

                       e logo faz sonhar, me pondo em trilha

                       onde celeste coro sempre canta

                       do mundo do Senhor a maravilha.

 

                       Esse teu olhar que a vida abrilhanta

                       e que da grande dor se desvencilha,

                       traz sempre a luz que o negro véu suplanta

                       nas noites sem alento e sem partilha.

 

                       Esse teu olhar bem que poderia

                       vir juntar-se ao meu beijo de paixão,

                       livrando-me de toda a nostalgia.

 

                       E envolvidos nós dois no verbo amar,

                       iríamos sentir no coração

                       todo o bem que fez esse teu olhar.

                    

                       

 

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Linguisticamente falando

 

(Susana Roque Bravo - Amadora / Portugal)

 

 

Falo na minha língua onde

tenho um falo que saboreio

das quatro partes da saliva:

doce, amargo, azedo e salgado

sinto o falo, na minha língua

nessa língua que se propõe se

abre, e se põe na língua comedida

sempre falo de algo mais: pois não

é triste a vida sem pedir a sua fala

de um falo tão quente e apertado a

língua se move rarefeita e sem foice

ama-o com jeito, falando muitas vezes

o falo de hoje é o amanhã às mil tentativas

do outro falo que já não faço porque já

disse a minha língua rarefeita na poesia. 

 

 

 

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* MEDALHA DE BRONZE

 

 

 

TEMPOS, TEMPOS

 

(Paulo Garbus - Curitiba / PR)

 

 

 

Não há mais tempos românticos

Nem olhares, nem galanteios,

Nem mais namoros platônicos.

Primeiro olhamos os seios.

 

Aferimos se performáticos,

De bailarina os joelhos.

Lábios cinematográficos

E certo ausentes, os pentelhos.

 

Apreciação de poeta se faz

Imaginando um violão

Prá concluir olhando atrás:

 

Baixinha combustão.

E sob o abajur lilás

Terminará a ilusão.

 

 

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NA CATEGORIA "PROSA"

 

 

O COLAR

 

(Henrique Moura Costa - Rio de Janeiro / RJ)

 

 

 

Gabriela e Felício eram casados há alguns anos. Ele, gerente de uma sucursal de um banco, era meio quadrado, mas gentil e amoroso e adorava a esposa. Ela dedicava seu tempo como professora de um jardim de infância local.

Quando ficaram noivos, Felício lhe deu um esplêndido colar de pérolas, relíquia de família que Gabriela passou a guardar com extremo carinho.

Embora o casamento parecesse feliz, a diferença de idade dos dois começou a pesar. Gabriela, dez anos mais moça que o marido, era bonita e interessante e inevitavelmente suscitava no marido certa inquietude. Esta inquietude aumentou quando Gabriela decidiu-se a aprender violão, duas vezes por semana, na casa do professor. Felício não gostava, mas nada dizia. Mas ficou furioso quando Gabriela disse que seu professor era “uma gracinha”.

 

Animada pelo ciúme do marido, Gabriela passou maliciosamente a provocá-lo, insistindo na gracinha do mestre. O ambiente doméstico começou a ser pesado até que em uma noite explodiu. A “gracinha” havia dito a Gabriela que havia preparado um CD com suas composições que achava que iria bombar, mas infelizmente não tinha recursos para editá-lo. A moça, romântica e impulsiva, resolveu “emprestar-lhe” o colar, para que ele o empenhasse na Caixa Econômica, financiasse o CD e depois fosse resgatá-lo com os proventos auferidos. Ninguém precisava saber e todos ficariam felizes.

Mas não foi bem assim. Envolvida nas conversas com o mestre, Gabriela perdeu a hora e quando chegou em casa eram quase dez horas encontrando Felício puto da vida.

_Não aguento mais. Você está dormindo com ele e ainda chega a esta hora!

Não ficou esclarecido se a indignação do marido referia-se à infidelidade da esposa ou á sua impontualidade.

 

 

Gabriela ficou zangada. Muito zangada mesmo.

Não tinha dormido com ninguém além do marido, embora não lhe faltassem oportunidades. E pisou na bola:

_Não estou dormindo com ele não, seu idiota machista, mas vou dormir.

Foi o que bastou para que Felício, sem uma palavra, arrumasse suas coisas e saísse, porta afora com sua mala, para casa de sua mamãe.

Durante os primeiros dias, Gabriela sentiu-se aliviada. Afinal era tranquilo estar em casa sem a pressão do marido, que ultimamente estava quase insuportável.

Mas pouco a pouco ficou triste e arrependida. Gostava de Felício, sabia que ele gostava dela e haviam sido felizes todo aquele tempo. Havia ainda a questão do colar, pois era fundamental reavê-lo sem o que seria muito difícil o reatamento com o marido. Foi à Caixa Econômica mas em vão; o colar havia sido realmente empenhado mas depois resgatado por pessoa desconhecida.

 

 

 

Em uma tarde, deprimida e cansada da algazarra dos alunos Gabriela voltou para casa almejando um banho quente e, quem sabe, um uisquezinho para relaxar,

Ao abrir a porta, sentiu alguma coisa errada. Estava tudo aparentemente nos lugares, mas foi o cheiro que ela notou. Havia muito que ela não sentia mais o cigarro do marido e foi com surpresa que ela o viu, sentado na sala e fumando.

_Você aqui !!!

Felício não se levantou, mas sorrindo encabulado estendeu a mão exibindo o colar.

_Seu amiguinho me levou hoje, lá no banco.

_Felício, ele não é meu amiguinho. É sim um idiota de quem fiquei com pena e estupidamente emprestei-lhe o colar para ele colocar no prego e depois eu ir resgatá-lo. Além disto, eu jamais dormi com ele, embora tenha dito que iria, só para te chatear.

_Eu sei.

_Nunca te enganei, Felício.

_Eu também sei.

 

 

E, com uma vozinha doce, Gabriela perguntou:

_E você Felício, já me enganou? Pode dizer, eu compreenderei.

_Uma vez. Uma vezinha só.

_Com QUEM, posso saber?

A vozinha já não era mais doce.

_Ninguém em particular.

E, desolado, Felício apontou para o colar.

_ É falso. Não foi da família coisa nenhuma. Comprei-o de um camelô por quinze mil Réis quando ficamos noivos

Olharam-se por algum tempo.

Após ensurdecedor silêncio, Gabriela foi ao aparador e preparou dois uísques.

Depois, decidida, tomou Felício pela mão, o levou para o quarto e viveram novamente.

Porque, afinal, sexo é vida...

 

 

 

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* MEDALHA DE PRATA

 

 

ZEQUINHA

 

(SÃO PAULO - SP)

 

 

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* MEDALHA DE BRONZE

 

ROSSIDÊ RODRIGUES MACHADO (SÃO VICENTE - SP)

 

 

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