ENTREVISTA COM PAULO VALENÇA
Sou natural de João Pessoa/PB. Comecei a me interessar pela Literatura ainda menino tímido, sem amigos e, na leitura, criei o próprio mundo. Não sofri influência de amigos, nem professores: naquele interior (São Bento do Una) da infância e parte da adolescência, poucos eram os que se prendiam à ficção.
Li muitas obras na infância e parte da adolescência, pois a necessidade prática obrigou-me a trabalhar muito cedo. Atualmente, leio pouco, devido às obrigações impostas pela existência prática.
Uso como método de escrever, a maneira direta, faço a “inspiração” na hora.
Para ser sincero, poucos são os escritores atuais que os admiro, talvez seja assim, porque criei a minha maneira de expressão e dispenso influências.
Participei sim, de várias antologias e julgo-as interessantes para despertar o interesse pelo texto bem escrito.
Sou Membro de diversas Academias de Letras. Recentemente, fui eleito Acadêmico (Cadeira 36) da ALB-PE, Academia de Letras do Brasil-PE. Sim, com prazer, aceito a honra de ingressar em uma Academia Literária.
Já escrevi 30 livros, incluindo nesses, contos, novelas e romances. Escrevo sempre, pois é minha ocupação de velho aposentado.
Nunca tive dificuldade de escrever. Sento-me à mesa, crio o enredo e, apronto o texto.
Tenho textos de ficção em vários sites e blogs.
Prefiro escrever o presente, com o que vejo, entendo e também... Crio.
Se eu pudesse, me limitaria apenas a ouvir música vinda de um piano. Adoro o som, a harmonia desse!
O retorno que espero da Literatura: O reconhecimento pelo que faço, prendo-me com dedicação. Quanto a nível do mundo, a arte de escrever é imensa e imortal!
Acho que o brasileiro médio pouco lê e, sim, pende-se às notícias rápidas, vulgares, o que, aliás, é lamentável!
O que escrevo, publico em processo artesanal e, mesmo assim, já sou conhecido em vários países, o que se me constitui numa honra e o reconhecimento de quem produz na luta pela difícil sobrevivência pobre, esmagadora de sonhos...
Como já afirmei, tenho livros publicados em processo artesanal e os distribuo (de graça) entre colegas e Instituições Literárias.
Conhecia sim, o poeta-escritor Oliveira Caruso, pois já participei dos Concursos Literários por ele organizados: II ARRAIAL LITERÁRIO À MODA ANTIGA, setembro de 2014 (com o texto O FANTASMA DE ONTEM) e do V CONCURSO LITERÁRIO OLIVEIRA CARUSO, com o conto REVELAÇÔES DO TEMPO, 10 de dezembro de 1015.
A Literatura se constitui, para mim, em um Passa-Tempo no qual dedico a alma ao que vejo, sinto e... Entendo. Não a utilizo para obter renda.
Trabalhei em empresas até me aposentar, daí usar a experiência que obtive da vida em meus textos. Atualmente, não mais utilizo o suor da luta pelo cotidiano difícil, prático, esmagador de ilusões.