ENTREVISTA COM JERÔNIMO LUIZ GONÇALVES
Nasci em Indiaporã SP. Vim pra Goiás com 11 meses. Desde 1976 moro em Goiânia. Fiz minha primeira poesia em 2009. Minha filha então na 6ª série me pediu pra ajudá-la fazer uma poesia sobre o acidente com o avião da Airbus próximo de Fernando de Noronha. Praticamente fiz a poesia sozinho.
Eu tinha vontade de escrever a minha história e da cidadezinha de Mundo Novo no interior de Goiás, onde fui criado. Então pensei: vou contar essa história em forma de poema. Gostei e não parei mais. De lá para cá, já são quase trezentos poemas. Sou formado em Geografia e gosto de abordar temas histórico-geográficos, ambientais e amor.
Li algumas obras da literatura brasileira no ensino médio.
Quando me formei passei a ler livros didáticos de Geografia, jornais e revistas.
Li alguns romances, mas prefiro livros históricos e de conhecimento, como: Camaradas, que conta a história do comunismo; Sapiens; Uma breve história da humanidade; Uma breve história do século XX. Já li muitos livros sobre a Primeira e Segunda Guerra Mundiais e sobre o nazismo.
Gosto muito dos poemas do Castro Alves.
Quando leio palavras principalmente de termos regionais ou antigos, pesquiso no dicionário. Acho que deveria fazer um com essas palavras. A memória já não anda muito boa. Essas palavras ou termos abrem muitas possibilidades na hora de escrever.
Não. Tenho lido os poemas e prosas dos livros de antologia de que participei nos últimos anos.
Sim. Como disse anteriormente, tenho participado. Lançar livros tem custo muito alto. Ganhei menção honrosa no Livro “III Prêmio Literário”, do escritor Marcelo de Oliveira Souza em 2015. E agora nesta sua publicação sobre Poesia e Natureza.
Não sou membro.
Tenho dois livros lançados e participei de quatro concursos literários com poemas. Vou me aposentar o ano que vem. Quem sabe vou frequentar a casa do escritor goiano.
Não sei se tenho obras suficientes para participar de Academias de Letras.
Mas seria interessante.
Cerca de 280 poemas entre 2009 e 2016. Escrevia com frequência. Ultimamente, só de vez em quando.
Um pouco, depende do dia e inspiração. Já fui melhor. Alguns amigos me disseram pra escrever prosa, mas por enquanto só versos.
Não
Escrevo os dois.
Ultimamente estou muito descrente com a política e com a sociedade em geral.
Pouco.
Escrevo pelo prazer. Um passatempo.
Muitas poesias trazem conhecimento, principalmente para os mais novos, que não viveram o que eu vivi no interior, na zona rural, ou seja, em tempos menos tecnológicos e de outros valores.
Muito pouco. As pessoas estão pouco interessadas em algo mais profundo, que consuma muito tempo. Elas querem tudo pronto rápido e resumido.
Não. Só escrevo no meu caderno, depois passo a limpo.
Estou transcrevendo para o computador.
Sim, tenho dois: “Poemas Memórias da Terra Goiana” e “Poemas Amor à Terra Goiana”. Este último patrocinado pela prefeitura de Goiânia.
Escrevi poemas para serem musicados. Meu pai gravou um CD com 6 letras minhas. Coisas simples. Minhas letras são de música caipira, “sertaneja raiz”.
Só pelo prefácio do livro “V Prêmio Literário” do escritor Marcelo de Oliveira.
Só hobby. Pelo prazer de ver e ouvir um amigo dizer que gostou.
Fui professor de colégios particulares e sou professor da Secretaria da Educação de Goiás, desde 1988.
Um abraço e parabéns pelo seu trabalho!