ENTREVISTA COM KELVIA VITAL
Sou nascida em Arapiraca (AL), mas moro em Santana do Ipanema há 14 anos. Sempre gostei das aulas de redação, e as professoras gostavam muito das minhas produções. Não tive influência de ninguém, fui a primeira universitária da família e sempre gostei de escrever, já que era a melhor forma de me comunicar, pois não podia falar em sala de aula, devido à educação tradicional escolar e familiar que vivenciei. Lembro-me de uma pequena biblioteca que havia na escola de 1ª a 4ª série, onde eu ficava durante a hora do intervalo. Acredito que a partir daí comecei a mergulhar na literatura. Sem dúvida que os conhecimentos que adquiri na escola foram fundamentais para meus escritos, mas também buscava ler outras fontes.
2. Você já leu muitas obras e lê frequentemente? Que gêneros (poesia, contos, crônicas, romance) e autores prefere?
Não li muitos livros, mas prefiro os de contos, por serem mais curtos e possuírem uma sequência lógica. A poesia me angustia, pois é muito subjetiva.
Gosto de Nelson Rodrigues, Milton Hatoum, Graciliano Ramos e escritores locais que retratam o sertão.
3. Costuma fazer um glossário com as palavras que encontra por aí (em livros, na internet, na televisão etc.) e ir ao dicionário pesquisá-las?
Sim.
Não tenho admiração por nenhum escritor virtual.
Gosto muito de participar de antologias. Recebi o convite para participar de uma em 2016 e partir daí não parei mais. Considero uma oportunidade ímpar de ter texto publicado junto a outros escritores já conhecidos na região e até mesmo no país. Já estou aguardando suas próximas antologias para firmar minha participação.
Serei empossada como membro correspondente de uma Academia de Letras em Canindé de São Francisco – SE. Seria e será sempre uma honra, satisfação e realização ser membro de outras academias literárias.
Já tinha alguns textos guardados, os quais aproveitei para publicar nas antologias de que participei. Desde 2016 venho escrevendo, sempre quando tenho alguma inspiração. Em média, devo ter cerca de 30 textos escritos.
Tenho mais dificuldade de escrever em verso, pois é preciso ter muito sentimento aflorado para expor.
Não, prefiro guardá-los para serem publicados em antologias físicas.
Geralmente escrevo a partir das observações diárias, das minhas vivências, mas também crio alguns textos a partir da imaginação, com tom de suspense e tragédia.
Gosto muito de apreciar letras de músicas, muitas considero verdadeiras poesias. Gosto muito de frequentar museus, espaços culturais, apresentações de teatro e danças, feiras literárias, bienais do livro, encontros literários. Não desenvolvi habilidade em outra arte.
A única coisa que espero da literatura é que ganhe espaços maiores na sociedade e seja acessível a todos, pois ela ajuda a nos construir e a construirmos a sociedade. Além de eternizar nossa visão, sentimentos, emoções.
Tenho notado que os jovens têm buscado a literatura como inspiração de vida, passando também a se aventurar nas letras e a escrever seus próprios textos. Ainda assim, a maioria nem sabe citar nomes de autores consagrados, quiçá conhecer suas obras. Pelas postagens em redes sociais dá para perceber que não existe profundidade naquilo que postam; ainda estão se descobrindo e acabam reproduzindo muitas ideias sem fundamento.
Não costumo. Irei pesquisar a respeito.
Não possuo, ainda.
Não conhecia.
Apenas como hobby, mas acreditando que essa prática despertará o interesse de outras pessoas de publicarem suas obras.
Sim, sou professora (Pedagoga).