ENTREVISTA COM LIN QUINTINO
1. De onde você é? Quando você começou a se aventurar na literatura? Sofreu influência direta de parentes mais velhos, amigos, professores? O que aprendeu na escola o instigou a criar textos?
Sou natural de Bom Despacho MG, mas resido em BH desde os meus seis anos de idade. Comecei a rascunhar meus primeiros textos aos quinze anos, ainda, no ensino de primeiro grau. Não, nunca tive influências de parentes ou de professores. Na escola, eu gostava das aulas de Português, pois eram obrigatórias as redações livres, assim eu exercia a minha criatividade.
Eu já li muito tanto a literatura brasileira quanto a estrangeira. E leio diariamente. Gosto de todo tipo de literatura, mas, poesia e romances são meus favoritos. Proust, Fernando Pessoa, Franz Kafka, Baudelaire, Florbela Espanca, Mia Couto, Nietzsche, Almeida Garret, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Machado de Assis, Manoel de Barros e muitos outros.
Não. Mas tenho por hábito escrever com um dicionário, uma gramática e vários manuais de português do lado. Sempre busco a grafia e o significado de uma palavra que desconheço.
Sim. Há muitos escritores bons tanto na internet como em academias das quais faço parte. E que não têm tanta visibilidade, devido ao fato de ser a literatura em nosso país uma leitura descartável, marginalizada.
Sim, eu participei de várias antologias nacionais e internacionais. Ainda, participo, pois acredito ser uma forma de divulgar meu trabalho.
Sou. Participo da ANLPPB, membro efetivo, cadeira 99; ALPAS 21, membro fundadora, cadeira 16; AMCL (virtual) cadeira 61; ALMA; ARTPOP; ALTO; AVL; ACLA (virtual); Academia de Letras Y Artes de Valparaíso (Chile); Núcleo de Estudos e Artes de Buenos Aires, e vou tomar posse dia 12/08 da Academia Mineira de Belas Artes MG.
Sim, eu estou sempre aceitando convites, pois são poetas novos que vou agregando.
Escrevo como já disse antes, desde os meus quinze anos. E escrevo diariamente. Eu tenho uns 4000 poemas, umas 100 crônicas e um romance.
Não, não tenho dificuldades, mas prefiro escrever em verso.
Virtualmente publico nas minhas páginas no Facebook (três), e, ainda, em páginas de amigos como colaboradora. Escrevia mensalmente para o Caderno Literário Pragmatha RS, mas ultimamente deixei de editar.
Prefiro escrever sobre o cotidiano, minhas vivências.
Sim, eu gosto de todas as artes. Tenho um filho pianista, minha filha é dançarina (clássico, moderno, jazz...), minha sobrinha faz teatro e minha irmã artista plástica. Como pode ver, estou cercada de artes por todos os lados. Mas minha arte é só mesmo as letras.
Eu sou realista, não espero muito da literatura como fonte de renda, no Brasil ou mesmo fora. Não me preocupo muito com reconhecimento, escrevo porque gosto e me completa.
O brasileiro lê. Está sempre lendo alguma coisa, isso que importa. Quanto à Literatura, acredito que falte incentivo das escolas e um trabalho com nossos autores que instiga no jovem o desejo de ler, porque na maioria das vezes o trabalho com a literatura é maçante, e isso leva ao desinteresse. E, por outro lado, os livros são caros, em um país onde você precisa escolher entre o alimento e o livro, este sempre fica em segundo plano.
Não costumo, mas sei da importância. A maioria dos textos que publico nas páginas está em livros que editei, então não vejo tanta necessidade.
Sim, tenho quatro livros publicados de poemas. Mas nunca me preocupei em vendê-los; eu os distribuo com os amigos, em bibliotecas, que também é uma maneira de divulgação.
Sim, eu já o conheço da ANLPPB, e depois vim a conhecê-lo do grupo de poetas do Poemas do Brasil, e, também, de alguns concursos de que participei. Inclusive ganhei medalhas com meus poemas.
Como citei antes, eu gosto de escrever, não diria ser um delicioso hobby, mas, uma necessidade. Eu sempre digo: É uma fome a me corroer por dentro.
Antes trabalhava, pois sou psicóloga e professora, mas hoje, me dedico apenas à escrita, que me toma muito tempo, porque estou sempre viajando para Congressos e encontros das academias.
Obrigada, Paulo, por me permitir falar um pouco desse mundo das letras. Espero ter atendido ao seu objetivo de me conhecer um pouco mais.
Lin Quintino