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TEXTOS VENCEDORES DO II CONCURSO FULGURAS DO AMOR
TEXTOS VENCEDORES DO II CONCURSO FULGURAS DO AMOR


 

TEXTOS VENCEDORES DO II CONCURSO FULGURAS DO AMOR

 

 

NA CATEGORIA “PROSA”

 

MEDALHA DE OURO E MELHOR TEXTO NO GERAL (TROFÉU): NEGE ALÉM (INDAIATUBA – SP)

 

 

 

NOITE DE SANTO ANTÔNIO

 

Eram cerca de onze horas de uma noite fria de Santo Antônio. Na praça da igreja, mal iluminada àquela hora, terminados os festejos religiosos em honra ao Santo, apenas algumas pessoas se conservavam a conversar sentadas nos bancos.

Apreensivo, buscando com os olhos um lado e outro, Walter esperava a Mirna, sua paixão de alguns meses. O menor ruído o sobressaltava e lhe agitava o coração. Passou uma hora, mais meia. As restantes pessoas da praça foram-se embora. Envolta numa capa escura, a cabeça meio encoberta, os passos ligeiros e miúdos, vinha da esquina uma pessoa que ele não pôde logo distinguir. À sua aproximação, ainda não a reconhecendo, duvidoso, perguntou:

-- É você, Mirna?

-- Sim -- respondeu ela -- tremelicando de frio e também de medo. Perdoe-me pelo meu atraso, Walter. Meu pai quase me pega à saída de casa. E você, cansou-se de esperar-me?

-- Não. Esperaria a noite toda para vê-la. Temi que você não pudesse vir.

-- Eu viria de qualquer jeito, ainda que me castigassem depois. Como sabe, amanhã cedo embarco para São Paulo, contra a minha vontade, para estudar em colégio interno. Somente poderei voltar nas férias de fim de ano, se eu não fugir antes de lá.

-- O tempo passa depressa. O que são apenas seis meses de separação?

-- Um martírio para quem está apaixonada como eu.

Os olhos extasiados de amor foram-nos atraindo um ao outro até ao apaixonado abraço e o beijo do adeus. Os lábios colados, em sublime enlevo, não sentiam os namorados os minutos voar, como se de súbito mergulhassem num mundo estranho, onde somente ressumava amor e paixão. O demorado e eterno beijo traduziu o que lhes ia na alma angustiada com a separação. Muito depois de a Mirna ter-se afastado, amedrontada de que em casa dessem pela sua ausência, Walter permaneceu absorto, sem dar tento de si.

II

Os anos foram-se passando, e o sabor do beijo permanecia incorruptível nos lábios e na alma de Walter, apesar de outros trocados em fortuitos namoros. Entretanto, nenhum nunca se igualou ao daquela noite. Dentre os tantos episódios importantes de sua vida, gostaria Walter de registrar ao menos aquela despedida.

E tentou fazê-lo. Fechado no escritório de casa, um dia começou a rascunhar papéis e mais papéis. Não interrompia o trabalho, nem mesmo para dar atenção à meiga esposa que, a todo o momento, vinha acarinhá-lo.

-- Que está escrevendo com tanto empenho, amor?

-- Apenas uma história-- respondia ele -- sem levantar os olhos da mesa.

-- Posso ler?

-- Não. Não pode, meu bem.

Afastando delicadamente a esposa, Walter continuava a rabiscar as laudas e a trancá-las em seguida na gaveta da escrivaninha, receoso de que a mulher as lesse. Depois de meses, revendo os escritos, percebia triste que à narrativa faltava alma, e ele ainda não conseguira transferir-lhe a emoção que sentira no beijo daquela noite de Santo Antônio. O papel, talvez enciumado, parecia descrer do ardor que não se apagara em Walter, apesar dos anos decorridos.

-- Meu Deus! Como gostaria de imortalizá-lo em páginas que pudessem ser lidas e relidas em alguma Antologia -- exclamava ele.

Refazia duas, três, dez vezes cada página, na ânsia de reviver nelas as mesmas emoções da cena original. Quase terminada a história, Walter deixou-a na gaveta para outros possíveis retoques. A cada nova leitura, lamentava, inconsolável:

-- Que pena! Acho que nunca vou transferir para o papel a sensação daquele beijo.

III

Sua esposa começou a estranhar tanta absorção do marido em escrever. Mal chegava ele à tarde do serviço, beijava a mulher e os filhos, jantava calado e corria a fechar-se no escritório.

-- Será correspondência com alguma amante? – pensou ela um dia.

Não tardou muito para Walter perceber certas mudanças no comportamento da esposa. Andava ela esquiva e triste pelos cantos da casa, não se alimentava como convinha, nem sorria como antes. Que lhe teria acontecido? --perguntava-se Walter, já preocupado. Acaso contraíra alguma moléstia grave e não queria dizer-lhe? Olhava-a de soslaio e lhe via os olhos fundos, talvez de chorar às ocultas, sem atinar ele com o mal que vinha acometendo a esposa e a deixava indiferente e arredia.

-- Que tem você, querida, está doente? Fale comigo. Nunca houve segredos entre nós. Quero saber o que está acontecendo.

-- Quer saber mesmo? Minha doença é o ciúme que me está infernizando os antes tão felizes dias de minha vida.

-- Ciúme? Ciúme de quem, meu Deus, se tenho saído de casa apenas para trabalhar?!

-- Ciúme, sim. Se não há segredos entre nós, quero saber agora mesmo o nome de sua amante e minha rival!

-- Que amante, que rival?

Num ímpeto, a mulher tomou-lhe das mãos as chaves da escrivaninha, destrancou a gaveta e com gestos incontroláveis rasgou em pedacinhos todas as páginas escritas que suas mãos puderam alcançar, sem ter lido sequer uma palavra.

-- O que fez, querida Mirna?! -- perguntou Walter, perplexo.Você acaba de destruir a história que eu estava escrevendo sobre o nosso apaixonado beijo de despedida, naquela distante noite de Santo Antônio.

 

 

 

 

MEDALHA DE PRATA: MAMEDE GILFORD DE MENESES (ITAPIPOCA – CE)

 

 

OFICIO SANFONEIRO

 

 

A idade de João cifrava doze anos, e a professora Ana o abordou sobre sua aptidão ao estudo, e ele serenamente respondeu: "Dona Ana, acho interessante a

senhora pegar um pedaço de papel cheio de letrinhas e pronunciar palavras. às vezes penso ser isso criatividade sua, mas me envergonho a lhe perguntar e alimento esperança de a imitar".

Atenta à curiosidade, ela carinhosamente o falou: "Joãozinho, você nos mostrou ser capaz de se educar; a leitura não é coisa de outro mundo; é simples. Certamente é de seu conhecimento que sua Carta de ABC contém a gravação do alfabeto; abra ela e decore o que vou lhe ensinar. Cada letra tem um som diferente, no momento certo a dominará e saberá juntá-las a compor palavras".

Na deixa da explicação o menino arregalou os olhos às páginas do livrinho, agradeceu-lhe e dedicou-se ao aprendizado.

Seus colegas de classe o censuram, porém não afetaram seu ponto de vista, pois logo desvendaria o mistério do código alfabético.

Coisa de sua mentalidade: nas folgas das tarefas diárias, precisamente no período da manhã, fugia para o rio a ouvir o cântico das aves, e treinar o som dos vocábulos e em sua margem, de posse de um pedaço de cipó, selecionava as vogais e as consoantes e rabiscava palavras.

Na medida que o tempo passava lhe crescia o juízo da matéria em pauta, até que numa feita escreveu a palavra “música”, cotidianamente proferida por Leontino - seu irmão, que em mil novecentos e dezesseis já manuseava desembaraçadamente a harmônica.

João não teve dificuldade para ler e escrever, mas a obsessão de profissionalizar-se na arte de tocar esse instrumento, para animar as bocas das noites no terreiro de sua casa, o fez encarar dona Antônia Carneiro - sua mãe, desta maneira: "mamãe, já colhi o que queria na escola, mas falta-me chance de instruir-me na tocata da sanfona. Fale com Leontino a emprestar-me a dele, se eu alcançar sua erudição o ajudarei nas festas..."

Dona Antônia, furiosa com a proposta o advertiu: " filho, ai de ti se pegares naquele objeto, teu irmão tem ciúme dele tanto quanto das roupas que veste. É de bom alvitre esquecê-lo e voltar à escola e ao trabalho. Para não ser-te grosseira levarei o pedido a ele".

A resposta de Leontino: "não sei como a senhora se atreveu a isso. Diga-lhe que não cedo, não alugo... meu instrumento nem para quem sabe tocá-lo! Conservo-o afinadinho

para honrar meus contratos com os amigos que me pagam para alegrar as festas dessa redondeza".

Meio encabulada, a mensageira se despediu: "mantenho sua razão, mas lhe afirmo

que João é talentoso. Mais dias, menos dias haverás de flagrá-lo executando valsa e xote..."

O recado deixou João cabisbaixo a resmungar: "nada melhor que um dia atrás do outro. Hoje me é negada esta ajuda; amanhã, sorrindo, o darei troco e ele engolirá a sovinagem. E planejou estratégia a usar o instrumento, discretamente, no intervalo que levava Leontino à escola".

Dito e feito. De tanto estudar o instrumento aos dezesseis anos dominou-o, e numa ocasião portava-se no lageiro de sua estima ensaiando a valsa Fascinação, e a considerável distância seu irmão... captou o som, foi ao local e lhe o reivindicou outra página musical.

O jovem, desinibidamente, o segredou: "vou lhe atender, não por vontade, mas a conferir o que aprendi ao negar-me a oportunidade de lidar com sua sanfoninha"!

Naquele episódio Leontino colou a língua nos dentes e, parado feito estátua, avaliou a destreza do mano, e ao, recuperar a motricidade de seu corpo, chamou a mãe e louvou-a por ter descumprido sua ordem e acatado a insistência do irmão, e ao somar boa impressão, exigiu-lhe perdoá-lo por tudo de desagradável que passou-a na amarga negação, e sem delongas elogiou João pela coragem de ter desabafado, pela inteligência que o fez músico, e asseverou-lhe: "doravante a harmônica ficará a sua disposição".

Sediado por amor... João encheu o peito de ar, o coração de felicidade e retrucou-lhe:

"Leontino, quando Deus promete não falta. Ele ouviu minha oração, e, lhe contrariando, tornei-me artista, e desde agora candidato-me a seu auxiliar nas festas..."

Desta vez, gracejando, Leontino falou-o: "companheiro, não me deves satisfação, agradeça nossa mãe por ter fechado os olhos à sua pretensão, estás tocando melhor que eu, acolho sua oferta".

João Inácio acudia Leontino nos forros, enquanto ele namorava e dançava, mas tornou-se popular, não só ao povo de sua comunidade, como de Vila, Assunção, Arara, Itapajé, etc., e sentindo-se seguro na arte... anunciou à família:

"papai, mamãe e meus irmãos, desde criança luto para auferir meu ideal - ser tocador de sanfona, e não tive apoio de vocês, mesmo assim furtava o objeto... e o levava ao lageiro do lado de cima de nossa casa e treinava obstinadamente, até que numa manhã ensolarada mãe com pena de mim, "ratificou" minha força de vontade, e hoje estou capacitado a assumir esta profissão, obrigado a todos..."

Seu pai orgulhosamente disse-o: "não devo discordar de sua fala, filho. Rogo ao Deus por sua independência, pois já tens maior idade. Desejo-lhe sorte e dinheiro no bolso".

Sua mãe pegou carona no discurso do marido e congratulou-se com o Pai celestial por ter-lhe dado dois amantes da música, e o suplicou abençoá-los nos caminhos da árdua vida.

Leontino reafirmou: "João, vamos continuar unidos e na medida do possível utilizando o acordeonzinho, agora nosso, e ganharmos dinheiro dessa gente que adora mexer o esqueleto".

Daí por diante João ficou famoso, e seu trabalho se expandiu em Itapipoca e nas cidades vizinhas.

A não passar em branco a amizade que desfruto de seu filho Vicente Inácio, seu legítimo sucessor, peguei de sua prosa a nuvem nostálgica das frias tardes da montanha patense, base estrutural de sua morada, e dela extraí emoções de alguns dos ensaios musicais lá praticados e narrei este poema:

 

OFICIO SANFONEIRO

Menina flor da serra

De ti ainda me lembro

Dançando miudinho

No terraço lá de casa

Quando meu pai contente

Tocava o chorinho

Pra ver o rebolado

Dos quadris de teu corpinho:

Torneado violino

Que a natureza entalhou

A arrepiar de desejo

E enlouquecer dançarino

Na festa do Arraial.

Até o sanfoneiro

Possuído de emoção

Ficava enfeitiçado

Com aquela tentação,

Esquecia o instrumento

E a desejava na cama

Despida a "brincar".

E eu por ser herdeiro

De sua profissão

Vali-me da sanfona

Para aprender a tocar

No compasso delicado

Que lhe é peculiar.

É por isso que voltei

Exibindo a carteirinha

Da "Ordem" que me outorgou

O direito de exercer

O ofício sanfoneiro,

Pois nele sou doutor...

 

Finalmente, as quatorze horas e trinta e dois minutos de quinze de dezembro de dois mil e três, há poucos dias da idade centenária, desgastado fisicamente pelo tempo e a doença..., ainda conjugando nos botões da surrada harmônica a versatilidade do verbo tocar, Deus intimou João Inácio para a última prestação de contas, e ele consigo levou a didática de sua formação musical, à devolvê-la ao Anjo - Maestro da orquestra celestial.

 

 

 

 

MEDALHA DE PRATA 2: MARIA RITA DE CÁSSIA PRETO MIRANDA (SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO – MG)

 

 

O QUE É O AMOR

 

 

Para os que têm o coração bem grande é uma porta escancarada por onde passa o turbilhão de emoções que ele provoca.

Ou uma janela aberta que acolhe a mansidão e a paz que dele advém.

É o conforto nas horas de agonia e o aquecimento quando até a alma está fria.

É o caminho que nos leva ao porto seguro e a persistência dos que querem alcançar seu lugar ao sol.

Ele é o oceano que esconde sua imensa força debaixo de uma aparente calmaria.

É a piscadinha de viés do olhar tímido.

É uma lareira acesa aquecendo a vida no inverno dos descontentes.

É o trovão que nos assusta, mas que avisa que o perigo já passou.

É uma nuvem fofa no céu em forma de coração.

É a conquista de uma batalha sangrenta, ou a derrota quando o vemos se esvair de nós.

É contentamento quando vem, ou choro quando se vai.

É sede de autoafirmação.

É a verdade indefinível da alegria, ou a dor insuportável da saudade.

Também é sentimento de dúvida ou certeza, para aqueles que não sabem o que ele é.

É o medo de ser arrebatado, bem como o arrependimento de não tê-lo provado.

É um explorar contínuo, uma turbulência que nos consome, a fragilidade dos fortes e a coragem dos fracos.

É lágrima de dor ou alegria.

É a poesia do nosso dia a dia.

O amor é nossa vida, a nossa origem, a nossa ventura, a hemorragia dos sentimentos, a regra e a exceção, o avesso e o direito, é o verso e o reverso.

 

 

 

 

MEDALHA DE BRONZE: LILIANE MARIA PRADO AMUY (GOIÂNIA – GO)

 

Um filho teu!

 

 

 

Pátria Amada,

 

 

Cá  estou  eu  ‘deitado  em  berço  esplêndido’,  ao  ‘som  do mar  e  a luz‘  do  engodo político  de mais  uma  “Comissão  Parlamentar Mista  de  Inquérito”  que  é  ‘gigante  pela própria  natureza’,  -  ‘Cachoeira’  de  águas  profundas  -,  dos  escusos interesses  políticopartidários.

 

Berço, de onde não se vê que ‘a justiça e a verdade se beijam’, cuja ‘clava forte’, representada pelos seus pares adestrados, mais uma vez zomba dos ‘ filhos deste solo’ e desafia o 'nosso peito a própria morte’.

 

E,  porque  ‘fogem  da  luta’,  não  ‘fulguras’  mais  ‘ó  Brasil’,  como  o  ‘florão  da América’  mas,  antes,  como  o  figurão  legítimo  da  corrupção  institucionalizada  e  de cujo 'cruzeiro não resplandece’ que ‘o teu futuro espelha uma grandeza’.

E, ‘em teu formoso céu, risonho e límpido’ não há um 'impávido', um 'colosso’ a defender-te, pois já não ‘és Pátria Amada, Brasil’? E diz-nos, também, ‘o verde-louro desta flâmula’ que teus saqueadores são legítimos representantes dos ‘filhos teus’.

Então,  rogo-te  ‘Ó Pátria amada’: Não me enterre no  ‘teu  solo’ enlameado por águas  purulentas  a  escorrer  em  ‘cachoeiras’  como  um  ‘raio  vívido’  dos  seios,  e  dos poderes  desta mãe,  outrora  gentil e  hoje,  sem  glória. E  porque eu morro a cada  verso que  se  encerra  nestas  linhas  enquanto  cidadã  brasileira  te  suplico  que  minhas  cinzas sejam jogadas no espaço sideral longe deste buraco negro, 'dentre outros mil', dos ‘teus bosques'  já  sem  vida,  sem  flores,  sem  amores,  sem  um  raio  sequer  de  esperança  a iluminar o nosso Brasil!

 

Assinado: ...Um filho teu!

 

 

 

 

NA CATEGORIA “POESIA”

 

MEDALHA DE OURO: REGINALDO COSTA DE ALBUQUERQUE (CAMPO GRANDE – MS)

 

 

A Estátua

 

 

Quando em minha janela a noite cresce,

corro até a pracinha aqui bem perto.

A um canto do jardim sempre deserto,

o vulto de uma estátua alto floresce.

 

Do jarro erguido aos ombros a água desce

ondeando a flor de um lago a céu aberto...

Na pedra ao lado, as mãos ao peito aperto,

dizendo o meu penar diluído em prece.

 

O bico da coruja adianta a hora...

Na quietação da rua espreita a aurora

detrás do vicejar de um malmequer.

 

E ao retornar a casa alguém me chama!

No lago, as lindas curvas de alva dama...

Era a estátua num corpo de mulher.

  

 

 

 

MEDALHA DE PRATA: ROZELENE FURTADO DE LIMA (TERESÓPOLIS – RJ)

 

Doce mel  

 

Hoje eu só quero encontrar  
Um amor carregado de vontade 
Desejoso de morrer de amar 
De ser momento na eternidade 
 
Quero beijos muito ardentes 
Carícia livre sem restrição 
Entregar tudo, totalmente 
Corpo, pele, sonhos e ilusão  
 
Sussurrando com estrelas deixar fluir 
Provar o néctar, saborear o doce mel 
Sem parcelar a liberdade de ficar 
 
Pagar, receber, dar e dividir 
Ser ponte, ser escada, ser céu  
Ir onde nunca olvidei chegar

 

 

 

MEDALHA DE BRONZE: LARISSA LORETTI (RIO DE JANEIRO – RJ)

 

 

Um amor cigano sem fronteiras


Pássaro nômade sem fazer história...
Um amor estranho, diferente.
Amor cigano
uma fonte que se faz presente
de carinhos e desejos...
Em torno da fogueira
o nosso amor ardente...
Em meio a ouro, prata,
castanholas,
taças de vinho
sons de violino,
e uma esteira de luz
em meu caminho...
Sobre uma rosa vermelha
o punhal cruzado,
sob o céu todo estrelado
Santa Sara protegendo e perdoando...
Dentro do meu destino
um amor cigano
partindo pelo mundo afora
um amor peregrino
guardado
em mim, e neste poema que
a emoção escreveu
apenas para dizer aqui
estrela, encanto, flor...
a melhor coisa que me aconteceu-

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