ENTREVISTA COM ODAIR LEITÃO ALONSO
Sou de Campinas, Estado de São Paulo. Comecei a me aventurar na literatura há apenas quatro anos. Não sofri influência de parentes mais velhos não, mas sim de mais jovens, rsrsrs. Minha filha mais nova insistia para que eu escrevesse um livro, contasse minhas histórias, e assim nasceram as “Sessenta Crônicas de Uma Vida”, um grande sucesso. Agora, o que aprendi na escola me tornou um grande jornalista, me instigou sim a criar textos durante toda a minha vida profissional.
Li centenas de livros. Sou apaixonado pela leitura. Acabo um, começo outro. Emendo um no outro. Não sou de ler poesias não. Gosto de contos, livros de guerra, de ação, de crônicas mais ainda, de biografias. De romances um pouco. Não tenho preferência por autores, faria injustiças, gosto de muitos.
Sim. Quando não entendo algumas palavras, anoto. Meus livros parecem campos arados. São todos riscados. Primeiro com as partes de que mais gosto. Depois com as dúvidas. Vou buscar entender, ver no dicionário, no Google. Temos de aprender sempre.
Não admiro escritores na internet. Ainda sou conservador. Gosto de livro de papel. Gosto do cheiro do livro. De sentir o livro em minhas mãos. Não participo de Academia em sites.
Entrei há pouco na Academia Campinense de Letras e não pude participar de sua última Antologia. Com certeza participarei na próxima. Se o senhor me convidar para a sua, com certeza participarei.
Fui, com muita honra, eleito para ocupar a cadeira de número dez da Academia Campinense de Letras, em Campinas. Aceitaria sim participar de outras Academias. Sou vice-presidente do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Campinas.
Escrevi mais de uma centena de textos literários. Escrevo há mais de quatro anos textos literários ininterruptamente. Pouco tempo, se comparado aos mais de quarenta que escrevo como jornalista.
Não tenho dificuldade para escrever em prosa, nenhuma, mas em verso sim, não é a minha especialidade.
O único lugar onde publico textos virtualmente é no site do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Campinas.
Eu prefiro temas que vivencio no dia a dia e temas históricos referentes à minha cidade. Creio que é um dever de formar e educar essa juventude que se afastou um pouco dos estudos para se apegar à internet e aos jogos, fugindo da realidade.
Gosto demais das artes. Recentemente estive na Europa e tive o prazer de visitar museus. Vi obras monumentais, estive em Toledo e admirei El Greco. Em Málaga, visitei as obras de Picasso. Eu me senti um privilegiado. Gosto de música. A orquestra Sinfônica de Campinas é maravilhosa. Adoro esculturas. Mas não tenho nenhum outro dom a não ser a escrita.
Espero ainda ser reconhecido como um bom escritor. A nível de mundo creio que não tenho mais expectativas.
Infelizmente o brasileiro médio não costuma ler. Nem jornal ele lê. Imagine um livro. O brasileiro lê muito pouco e quando lê, escolhe mal sua leitura. Gosta de leituras sensacionalistas, rápidas, sem profundidade. Coisas de futebol, de polícia, de sangue, ou com muitas fotos, de preferência de mulheres (nuas ou com pouca roupa).
Meu livro foi registrado sim. Sei que é importante, pois qualquer um pode se apossar de nossos textos e fazer uso indiscriminadamente.
Tenho um livro publicado, o “Sessenta Crônicas de Uma Vida” (esgotado). Vendi surpreendentemente bem. Talvez pelo grande número de amigos, de escola, de exército, de faculdade, alunos, de trabalho. Talvez pelo fato de o Faustão ter falado no Domingão. Enfim, ele foi vendido nos EUA, na Alemanha e na Austrália. No Distrito Federal e mais dezoito estados brasileiros. Em mais de sessenta cidades do estado de São Paulo. Um sucesso total. Estou cuidando de sua segunda edição.
Não conhecia o poeta-escritor Oliveira Caruso. Tenho a honra e o orgulho de conhecer agora, através de seu maravilhoso concurso e, espero, dentro em breve, conhecê-lo pessoalmente, pois vejo que só teremos a ganhar com a troca de conhecimentos e uma possível parceria.
Até aqui levei como um hobby, mas as circunstâncias da vida me levam a acreditar que doravante levarei a literatura a sério, como maneira de aumentar minha renda, uma possibilidade real de me manter e conquistar um nível melhor de vida neste país tão instável.
Trabalhei a minha vida toda como jornalista. Em jornal no Correio Popular de Campinas, e no Estadão, sucursal de Campinas. Depois fui chefe de reportagem da EPTV, filiada da Globo em Campinas. Depois, por dez anos, fui gerente de comunicação da Robert Bosch no Brasil, em Campinas, São Paulo, Curitiba, Salvador e Manaus. Depois tive minha agência de publicidade e marketing eleitoral. Finalmente trabalhei no cerimonial da prefeitura de Campinas por sete anos. Hoje faço assessoria de imprensa.
Atenciosamente
Odair Alonso