R: Sou da cidade de Catolé do Rocha, estado da Paraiba. Na verdade desde pequena eu tenho o hábito de fazer versos rimados, mais precisamente trovas e sextilhas. Na região onde eu nasci, as pessoas cultivam a Literatura de cordel, o que faz com que na família praticamente todos sejam um pouco poetas, mesmo sem editar, rsrsrsrsr... Na escola a gente aprende as variações, sendo que eu só fui realmente me interessar por fazer registro do que eu escrevia quando me tornei professora, com o intuito de utilizá-lo como um facilitador no processo da lectoescrita.
R: Eu não só leio como escuto CDs e assisto vídeos. Nem preciso dizer que é de Literatura de cordel, pois eu amo. É como se fosse o sangue de minhas veias; eu fico feliz, me emociono demais. O meu ídolo da Poesia Popular é o Patativa do Assaré, porém eu leio todos que eu tiver oportunidade.
R: Quando eu estou lendo e aparece uma palavra que eu não conheço, eu busco ajuda sim, principalmente hoje em dia que temos tanta facilidade, em apenas um click!
R: Com certeza! São tantos; eu não sei até que ponto tu se refere ao consagrado. Se é, em nível de país e de mundo! Se assim sendo, eu tenho umas amigas que admiro muito, pela garra e pelo talento! Eu poderia citar alguns nomes brasileiros e estrangeiros como: Ruth Helmman, Odila Lange, Antonio Cabral, Delasnive Daspet, Mabel Cuenca e recentemente tu.
R: A primeira Antologia da qual participei foi em 2012, através de um Concurso Literário. A partir daí tenho participado sempre, pois já passaram de trinta! Eu participaria não, eu participarei com muito orgulho.
R: Sou membro da Academia Douradense de Letras –ADL, Academia de Letras do Brasil/MS- ALB/MS, Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG – ALTO, Associação Internacional de Poetas e Las Mujeres y sus Plumas. Eu aceito, principalmente sendo indicada por ti. (Nota do entrevistador: a entrevistada recebeu o convite do Presidente da Academia Brasileira de Trova (eu mesmo), faltando apenas a avaliação do conjunto de trovas da autora e currículo).
R: Sabe que eu não fiz a soma ainda, se eu for somar trovas, poemas livres e os folhetos de cordéis, tenho pra mais de mil. Isso no computador e em cadernos. Há cinco anos eu comecei a participar desses concursos e isso se tornou um vício. O vício de escrever.
R: Eu até escreveria contos! Até já ousei participar de alguns concursos , onde já tenho dois que foram classificados em quinto e décimo lugar, os demais tipos de textos em prosa eu não gosto. A minha facilidade mesmo é a Literatura de Cordel. Tenho um fascínio pelas rimas e pelo ritmo.
R: Eu tenho um Blog: www.cordelistaaurineide.blogspot.com.br , porém não há lá grandes coisas, pois eu não tenho o domínio da tecnologia para torná-lo bem bonito.
R: Eu gosto muito de misturar as duas coisas, pois eu sou “muito família”. Portanto eu escrevo histórias de vida. E gosto de fantasiar.
R: Aprecio. Sempre que eu tenho oportunidades eu visito, porém não tenho participação em nenhuma outra arte.
R: Sinceramente eu não espero nenhum retorno financeiro, apenas a satisfação e realização pessoal. Trabalhei 31 anos como professora da rede pública e vi de perto o fracasso na expectativa de uma nação leitora, principalmente nessas últimas décadas.
R: O brasileiro não gosta de ler e nem tem incentivos para isso. Eu acho que, com o avanço tecnológico, nós estamos andando numa esteira, ao que se refere à leitura. E vou mais longe, eu penso que se continuar do jeito que está nós estamos em declínio, ou seja, estamos caminhando para a volta do analfabetismo. Vou até me candidatar a ser escritora de cartas rsrsrsrs...
R: Sei da importância sim, eu tenho três livros ata, dos quais eu juntei de cem a cento e cinquenta textos e registrei. Tenho também cinco livros publicados que são registrados. Todavia, uma grande parte eu deixo sem registro, principalmente os folhetos de cordel.
R: Como falei que tenho cinco, além desses eu tenho os folhetos de cordel que são editados por minha própria pessoa. Não vendo com facilidade não; a maioria do que eu vendo é para as pessoas que me conhecem mesmo.
R: Conheci-o há poucos meses, através de um grupo em rede social administrado por Antônio Cabral. Só que hoje, como Presidente, ele já me proporcionou até a entrada para a Academia Brasileira de Trovas.
R: Eu não consigo ganhar dinheiro com a minha literatura! Só que, enquanto professora, ao longo da minha carreira, ela me auxiliou como um valioso recurso pedagógico, o que me orgulho muito, principalmente quando leio ou ouço versos de ex-alunos, referindo-se a mim. O prazer de ver uma sementinha plantada.
R: Então, como falei, que trabalhei trinta e um anos como professora, hoje estou aposentada. Passei a ser dona de casa.