ENTREVISTA COM DANIEL MIGUELAVEZ - MERLIN MAGIKO
R: Eu sou angolano, nasci e vivo na capital do país, que é Luanda. Comecei a escrever através da música Rap; desde os meus 10 anos que escrevo, apaixonei-me pela cultura Hip Hop, sobretudo pela música Rap. Tudo começou porque eu ouvia as cassetes de rap que meu irmão tinha na altura e que por sua vez ele também bebia dos meus tios que nos anos 90 já faziam parte da Cultura Hip Hop. Então, se hoje eu escrevo poesia, é graças à influência do meu irmão e dos meus tios e da música Rap.
R: Normalmente leio todos os gêneros (poesia, contos, crônicas, romance), e procuro ler sempre várias obras, pois há sempre algo novo para aprender e reter.
R: Sim, costumo sempre pesquisar, porque ajuda a enriquecer o nosso léxico. Pois parece que a cada dia surgem novas palavras.
R: Existem muitos bons escritores, que não estão diante dos olhares dos holofotes; as massas não os conhecem, mas através da internet têm uma boa projecção e os seus trabalhos são bem divulgados. São inúmeros e alguns têm servido-me de influência e temos partilhado algumas experiências.
R: Eu comecei a participar no mundo das Antologias em 2013, por intermédio de uma amiga brasileira (Nubia Strasbach), que convidou-me a participar do “ Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus 2013 "; daí em diante só tenho continuado. Porque acho muito interessante e edificante participar nesses tipos de projectos, pois são inúmeras as vantagens para quem realmente gosta de escrever. Sim, com certeza que participaria.
R: Não sou membro de nenhuma Academia de Letras e, se fosse indicado para ingressar em uma, aceitaria sim, desde que eu esteja de acordo os regulamentos.
R: Dos que tenho postados em alguns sites posso dizer sem medo de errar 2156. Eu todos os dias escrevo ( desde a manhã até a noite ); tornou-se um vício para mim, Heheheh.
R: Nunca achei dificuldades para escrever, seja em qualquer gênero.
R: Normalmente posto as minhas linhas - como chamo - na minha página do facebook ( https://www.facebook.com/Merlin-Magiko-Writer-1504917999766915/ ) e no Recanto das Letras ( http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=127289 )
R: Apenas respiro o que me vem no pensar, e, nessa onda do respirar, tem vezes que fugimos da realidade para moldar a nossa própria realidade com aqueles enfeites de ilusões para dar mais cor a nossa visão preto e branco. Digamos que tudo misturado.
R: Eu comecei com a música, mas admiro outras artes e, nesse universo, tento beber de toda a fonte que inspira a arte. Já participei em um grupo de teatro, pois meu irmão é encenador de um grupo de teatro local.
R: Espero que as minhas letras possam atravessar as linhas do Atlântico e que as pessoas possam se identificar com aquilo que escrevo. Acho que isso seria o retorno bastante satisfatório - saber que através das palavras consegui motivar ou cativar emoções nas pessoas.
R: Seria errado eu fazer uma análise geral dessa situação, mas posso me arriscar em dizer que as pessoas que conheço pela virtualidade e aquelas que frequentam a minha página mostram ser pessoas que têm gosto pela leitura e não buscam só ler notícias rápidas, mas sim todo o tipo de informação e amam sobre tudo a literatura nas suas variadas formas.
R: Não costumo a registrar os meus textos na FBN, apenas publico-os e no site onde posto, tem lá o campo que se assinala que é o “Copyright “ que diz: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão. A proteção anticópia é ativada.
Sei também que é de extrema importância registrar os textos e obras, para se evitar os casos de plágios, pois ainda existem aqueles que aproveitam-se dos esforços dos outros e fazem-se passar por autores de textos que nem sequer tiverem tempo de os escrever.
R: Ainda não tenho nenhum livro publicado; talvez ainda não seja altura de o ter. Até lá, só o tempo dirá se o mesmo irá vender com maior facilidade ou não (…)
R: Conheci o Poeta_Escritor Oliveira Caruso, através de um grupo do whatsapp, o grupo Criticartes, do qual faziam parte vários escritores e poetas.
R: A literatura ainda não me deu nenhum ganho monetário. Então, não a tenho como fonte de renda; tudo está associado à cultura à qual pertenço, isto é, ao movimento Hip Hop. Tenho a literatura como uma forma de terapia, pois deposito nas palavras todo o tipo de emoções e sentimentos que a minha alma possa sentir, de forma a não estar ou viver sob o stress social.
R: Sim, trabalho fora da literatura, eu estudei Engenharia Informática. Como disse, no princípio tudo começou graças ao Rap, uma coisa levou à outra e hoje praticamente tornei-me um aluno-mestre em moldar as palavras.