ENTREVISTA COM JOÃO PAULO HERGESEL
João Paulo Hergesel, 24 anos.
Resido em Alumínio, interior de São Paulo, onde desenvolvi meu amor pela escrita, logo aos 8 anos. Embora meu pai gostasse muito de criar as próprias escolas, acredito que a maior influência veio dos professores. O incentivo a continuar produzindo textos, sobretudo após as aulas de Redação, fizeram com que eu me mantivesse trabalhando esse lado.
Durante a adolescência, minha leitura de obras literárias ocorria em ritmo acelerado, nos mais diversos gêneros, embora o infantojuvenil sempre tenha sido minha maior paixão. Hoje, devido aos compromissos acadêmicos, a leitura de livros científicos ocupa um tempo maior na minha vida, mas não impede que eu continue me inebriando com a literatura.
Geralmente, eu consulto as palavras desconhecidas no instante em que as vejo. Acredito que a tecnologia digital tenha favorecido os leitores nesse aspecto.
Costumo ler tanta coisa de tanta gente diferente (e tão premiada, tão festejada, mas sem prestígio popular), que considero difícil responder a essa pergunta. Sempre há uma parcela do povo admirando os mesmos autores que eu.
Gosto muito de participar, justamente porque é uma forma de ter a história circulando para um número maior de pessoas.
Cheguei a fazer parte da Litteraria Academiae Lima Barreto, situada no Rio de Janeiro, na gestão anterior. No momento, estou aberto a convites.
Publicados em jornal, são mais de 180. Mais os publicados em antologias, coletâneas, páginas na internet, livros solos...
O verso me parece mais trabalhoso do que a prosa, mas acredito que o prazer em produzir é maior do que pensar em níveis de dificuldade.
Tenho meu blog (http://comapalavrajp.blogspot.com.br) e também meu site (http://www.jogodepalavras.com).
Digo que sou da ficção realista, ou seja, trabalho com temas do cotidiano sob a ótica da inventividade. Por mais que eu me arrisque em todos os gêneros, acredito que meu forte seja a literatura juvenil.
Amo todos os tipos de arte. Já participei de peças de teatro, mas no momento sou apenas espectador. Tenho atuado como roteirista, também, mas com um enfoque mais cultural-midiático do que artístico.
Acredito que minha missão seja produzir conteúdo que possa agradar ainda que tão-somente um único leitor. Não tenho grandes pretensões como conquistar todas as pessoas do mundo; basta-me saber que conquistei o mundo de uma pessoa.
O Brasil ainda é um país que está aprendendo a ler. Há pouco tempo, boa parte da população ainda era analfabeta. Não se pode exigir leitura de um povo que não teve essa cultura desde sempre. Mas sou otimista e tenho em mim que, a cada dia, as pessoas estão se relacionando melhor com os livros e se tornando leitoras fluentes (ou pelo menos entusiastas).
Sim, sempre que possível crio uma compilação com meus textos e peço o registro, para garantir os direitos autorais e evitar transtornos com possíveis descobertas de plágio.
Estou rumo ao meu décimo livro (o primeiro infantil). Alguns foram publicados por editoras de pequeno porte, outras são independentes (pelo selo da minha própria editora). Por mais que as vendas não sejam significantes, a possibilidade de oferecer a obra on-line e ter a ciência de que as pessoas estão lendo já é gratificante.
Tomei conhecimento do autor pelo Reino dos Concursos.
Literatura é hobby. Tenho trabalhos relacionados (revisor, professor, pesquisador), mas a escrita criativa está longe de ser meu ganha-pão.
Já fui professor de língua portuguesa e, atualmente, concilio o doutorado em Comunicação com atividades correlatas (roteirização, revisão, etc.). Mas o mais distante da literatura é meu ofício voluntário: sou terapeuta holístico e presto auxílio como reikiano e cromoterapeuta.