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ENTREVISTA COM ANAIR WEIRICH
ENTREVISTA COM ANAIR WEIRICH

1. Quando você começou a se aventurar na literatura? Sofreu influência direta de parentes mais velhos, amigos, professores? O que aprendeu na escola o instigou a criar textos?

R: No meu tempo de escola as crianças não eram incentivadas a criar, só decorar o que os outros autores escreviam. Quando descobri o prazer do desabafo escrevendo poesias, virou terapia, e depois... profissão!

2. Você já leu muitas obras e lê frequentemente? Que gêneros (poesia, contos, crônicas, romance) e autores prefere?

R: Leio td que me cai às mãos... às vezes, quando é algo chato, eu teimo e teimo, sempre conseguindo extrair algo de bom dali. Gosto de J.G. DE ARAÚJO JORGE, de CORA COLALINA, de URDA ALICE KLÜEGER, de NORBERTO PONTEL, MARILDA CONFORTIN... Os últimos são autores atuais, e mt atuantes, amo ler eles, que vão desde romance até poesia e cronica.

3. Costuma fazer um glossário com as palavras que encontra por aí (em livros, na internet, na televisão etc.) e ir ao dicionário pesquisá-las?

R: Quando li O MORRO DOS VENTOS UIVANTES foi meu auge de anotações: deu uma lista enooorme de palavras que eu queria me inteirar delas. Foi uma experiência mt gratificante. E devo dizer que hoje, se ler o livro de novo - e quero! - vou ter que anotar de novo, pois ainda não aprendi o suficiente.

4. Há escritores de hoje na internet (não consagrados pelo povo) que admira? Em sites, Academias de que de repente você participa etc.

R: Claro! claríssimo!... citei aí acima alguns deles, mas existem muuuuito mais! Há uma leva de novos incríveis, estupendos, que não deixam nada a desejar com relação aos antigos. Na minha opinião,

os "imortais" que já se foram,

deveriam ser deixados em paz,

pelo menos um pouco,

para que os atuais

tivessem alguma chance

nesse mundo tão louco!

- viram? virou poesia!

5. Você costuma participar de antologias? Acha-as algo interessante? Participaria de uma se eu a lançasse?

R: Olha... eu não sei por que, mas antologias tem bem menos saída do que uma obra de um autor só. Eu não sei mesmo por que, mas tenho provas suficientes disso. Fui membro da SEB, - Sociedade Escritores de Blumenau e sou testemunha viva do que disse, pois eles tem um estoque imeeenso delas, que não têm saída. O mesmo digo da nossa ACHE - Associação Chapecoense de Escritores. Talvez meus colegas não gostem que eu diga isso, mas tenho que ser honesta. Há, sim, algumas excessões. Por exemplo, existe um concurso anual do SINERGIA, Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis, que todo ano escolhem os melhores textos - sem colocação na classificação - para publicar e distribuir gratuitamente em bibliotecas e escolas do Brasil Esse ano estou participando com meu texto A NAVALHA DA MORTE. Pra mim isso é até uma ironia, pois amo poesia, no entanto classificaram meu conto, em vez das poeisa que mandei. Essa antologia, por ser distribuição gratuíta já um evento emplacado, funciona...

Mas quem ler a biografia do Paulo Coelho, verá que ele ganhou muito dimdim fazendo antologias, láaaa, no início da vida dele. Existem muitos novos sedentos de ver seus trabalhos publicados, então esse é um meio que funciona para realizarem seu sonho. O que vão fazer dos livros depois, se não souberem vender, é outra conversa!

6. Você é membro de Academias de Letras? Aceitaria indicações para ingressar em Academias de Letras como membro?

R: Olha, sou membro de uma porção delas! - não me peça pra listar, por que tenho que recorrer à minha memória tão falha e às minhas anotações de biografia. Mas não escrevo por vaidade, pra alimentar meu ego. Escrevo por prazer e também por obrigação como ganha pão. Criei uma estratégia só minha em função das minhas palestras para alunos de primeiro ao quinto ano. Amo trabalhar com crianças! As Academias? Ah, se eu pudesse me dar ao luxo de badalar esse tipo de coisa... eu iria mesmo a esses eventos de posse, pra me congratular, me congraçar com colegas da mesma área. Momentos de agregação são maravilhosos e nos fazem bem, mas a gente precisa fazer opções.

7. Tem ideia de quantos textos literários já escreveu? Há quanto tempo escreve ininterruptamente?

R: Escrevo desde 1987, mas vivo dos meus livros desde 1996. Não tenho um levantamento de quantidade em textos escritos, escrevo e pronto. Mas quando posso, guardo as publicações de matérias sobre o assunto em meu acervo. Às vezes até torturo as repórtes pedindo um exemplar do que saiu seja jornal, livro, tv, rádio ou seja lá o quê. Mas nem sempre consigo, às vezes fico a ver navios, as pessoas fazem as matérias e me esquecem - rss.

8. Você tem dificuldade de escrever em prosa, em verso?

R: Não, como disse, escrevo por que gosto. Mas tem que ser quando pinta. Não gosto dessa coisa de encomendarem textos pra gente, embora seja um desafio. É algo forçado, não espontãneo. E criar pra mim não tem hora, pintou, eu vou... escrever!

9. Você possui algum lugar onde publica textos virtualmente? Qual?

R: Báh, impossível dizer assim, de sopetão... mas é só chamar meu nome no Dr. Google - rss, que poderão ver. Ah, tenho meu site e meu facebook, que é - graças a Deus - bastante frequentado. Ali eu me obrigo a publicar, por que a interação do publico alimenta minha criatividade.

10. Que temas prefere escrever? Prefere ficção ou o que vivencia e vê no dia a dia?

R: Como já foi dito por alguém, poesia é a fotografia de um momento. Às vezes a gente fala da gente, do momento da gente, e muitas e muitas vezes a gente fala de algo que vê, como mero expectador, mas que toca profundamente a alma, o coração. Aí a gente se obriga escrever, não tem escapatória.

11. Aprecia outros tipos de arte usualmente? Frequenta museus, teatros, apresentações musicais, salões de pintura? Está envolvido com outro tipo de arte (é pintor, músico, escultor?)

R: Muitas vezes olham as ilustrações dos meus livros e me pedem se sou eu que desenho. Eu sempre digo que não tenho a mínima habilidade. Mas valorizo os artistas que encontro ao longo do caminho. Detesto essa coisa de desenhista padrão. Temos que valorizar essa quantia imensa de gente talentosa que está em ebulição por aí, embora nem sempre seja possível. E também muitas vezes me perguntam se sou professora. E sempre respondo: - Quem me dera! Não tenho esse talento todo, só escrevo, o que é bem mais fácil. Ser professor é uma arte estupenda, mas que as pessoas não valorizam. E vou a eventos, sim, sempre que posso, embora tenha minhas limitações, pois não saio à noite, muito raramente vou a algum evento noturno. Não gosto do escuro, a noite foi feita pro descanso, segundo meu conceito.

12. Que retorno você espera da literatura para si mesmo no Brasil? E a nível de mundo?

R: Nem penso a nível de mundo. Nosso Brasil é muito grande. Temos que conhecer quantos aposentos tem nossa casa, primeiro. Saber quem mora nela, o que tem dentro dela. Já recebi convites pra participar de eventos na Suiça, Espanha, e alguns outros. Mas não me apetece, e meu bolso está sempre vazio pra essas coisas, que são mais dispendiosas.

13. Você acha que o brasileiro médio costuma ler? Acha que ele gosta de literatura tradicional ou só de notícias rápidas e sem profundidade?

R: Um professor meu de Capacitação para Escritores falou uma coisa muito certa: Tudo que vc recebe por meio virtual, se passar do monitor à sua frente, não é lido. Agora livros, o que vem morre: fino, grosso, médio, seja o que for. E graças à minhas experiência estradeira, posso dizer com segurança quais são os lugares do Sul - sim, mais do Sul! - as pessoas mais leem. Quando vou a SP, a experiencia é tão, mas tão boa, que não tenho vontade de voltar - rss. Só quando a saudade bate mesmo. Mas pra ir pra mais longe, as empresas de ônibus cobram excesso de peso, - empresas aéreas nem pensar, pior ainda! - os motoristas e cobradores de ônibus, reclamam do peso... os taxistas também... os recepcionistas de hotéis também... bom mesmo, pra nós - meu marido e eu, que normalmente viajamos muito - seria um micro ônibus. Ali dentro a gente dormiria - se tivéssemos economizado o dimdim que já gastamos em hotéis nesse dezoito anos, daria, com sobra, um!

14. Você costuma registrar seus textos na FBN antes de publicá-los? Sabe da importância disso?

R: Meu marido cuida disso, isbn, código de barra, ficha catalográfica, colofon. O que ele não consegue, vai atrás de quem faça. Ele é representante de autores catarinenses, e é a base de todo meu trabalho. Quando temos feiras, ele vai comigo e expomos juntos, e quando vou sozinha, ele cuida de nível populacional das cidades, distancias de onde devo me deslocar, etc. Nossa familia toda é apaixonada por livros. Meu marido com obras de autores da terra, eu com os meus, nossa filha Deny com o Sebo - que só abre nos sábados, pois durante a semana ela trabalha na biblioteca da Universidade daqui de Chapecó. Meu filho que mora em Guarulhos, além de escritor, também é professor de inglês. E minha filha mais velha que mora em Palma de Mallorca, é uma grande divulgadora da minha literatura lá.

15. Já tem livros-solo publicados? Consegue vendê-los com certa facilidade?

R: Rsss... tenho um amigo em SP que era meu agente literário e me criticou, dizendo que eu estava exagerando ao dizer que vendi mais de 200.000 livros de um título só. Esse é um pequeno livrinho de mensagens, com grande aceitação... Então, desde esse dia, nem conto mais quanto vendi, isso é secundário. Mas acho que a gráfica sabe - rss. O problema é que continuo pobre, pois tenho muitas despesas de viagem, hotel, alimentação, remédio - afinal, sou um carro 6.2 - he, he!

16. Já conhecia o poeta-escritor Oliveira Caruso (desculpe-me... Esta pergunta é padrão para quem participa de meus concursos literários)?

R: Não, amigo... não conhecia, mas já admiro e muito, só pelo fato de se interessar por outros autores. Isso já prova quão é o tamanho do seu amor pela literatura. E do quanto quer ajudar os mesmos!

17. Você trabalha com literatura inclusive para aumentar sua renda ou a leva como um delicioso hobby?

R: A literatura é pra mim nosso ganha pão, nossa terapia, nossa arte, nosso orgasmo estradeiro. Claro que sinto falta da minha cama, da minha casa, - mais ainda do meu fogão! - mas não se pode querer tudo, né? Mas tenho um sonho: depois de dezoito anos viajando, tenho muita vontade de parar um pouco, pelo menos com visitas a empresas e livrarias. Queria ficar só com palestras, para poder abrir minha loja de produtos personalizados com literatura - não quero vender uma caneta, sem que tenha algo escrito! - mas os aluguéis da minha terra são desmesurados de altos. É uma coisa descomunal, fora da casinha... sei de empresários que fecharam suas lojas e alugaram as peças, pois rendem mais e não precisam trabalhar.

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